A nova velha forma de solucionar estatisses.

Quando alguém diz que o socialismo real ainda não foi tentado porque nas vezes anteriores ele fracassou; nós austríacos, temos a resposta na ponta da língua. “Não basta trocar os comandantes deste barco!” esbravejamos. “O erro está no barco”. Realmente, fosse um humilde pescador ou um almirante das forças armadas, ninguém consegue comandar um barco furado.

Assim como o barco, a essência do socialismo está furada. Em todas as situações, seja dirigido por quem for, o socialismo não terá propriedade privada, e sem propriedade privada não há trocas, o que impede a formação de preços, fazendo com que o cálculo econômico seja impossível, deixando assim os agentes econômicos às cegas, sem saber como, quanto e o que produzir.

Um problema parecido ocorre em alguns setores administrados pelo governo.
A educação serve como um palco para aqueles que amam ser inteligentes e benfeitores. E estes estufam o peito, como se tivessem descoberto o segredo da paz mundial: “O problema do país é que não investimos o suficiente em educação!” dizem eles. “É só jorrar um trilhão de reais a mais nos próximos anos que tudo se resolverá”.

Mas libertos das soluções simplistas e até ingênuas, nós compreendemos as consequências inescapáveis tanto da saúde como da educação pública. Este problema é uma variante do primeiro. Fora do sistema de preços e imune a concorrência, o governo é incapaz de alocar recursos de forma correta e de dirigir estes setores adequadamente já que não estão submetidos ao mercado, e nunca terá ao seu dispor a informação necessária, que está distribuída de maneira tácita, dispersa e não articulável entre os agentes econômicos.

Agora, incluso no “não era socialismo de verdade”, e “é só investir mais um quadrilhão”, a categoria das estatisses ganhou um novo colega: “Não fizemos o lockdown de maneira correta!”. E voilà! Chegou o terceiro cavaleiro do apocalipse.

A quarentena forçada alcançou seu lugar neste seleto grupo porque ela é invencível. Seja qual for o resultado decorrente dessa abominável e sórdida forma de se combater um vírus, ela simplesmente não perde. Não há um resultado possível que faça os amantes da pandemia identificar esta solução escravagista como errada.

Tirando a questão ética de lado (nunca foi uma questão importante para estes indivíduos), pesquisas demonstrando inexistir correlação positiva entre contágio e quarentena, e outras que expõe as muito mais graves consequências a longo prazo destas medidas coercitivas, parecem não surtir efeito algum nas cabeças destes robôs.

Contudo, o que eles acham ou não é irrelevante. Como as duas primeiras estatisses, a essência desta última está errada, não deu certo e nunca dará.

Por isso pulem deste barco marujos! Pois ele já afundou.

#juanzuan

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