Igualdade, mas nem tanto

A natureza é soberana: não há forma viável de escapar das suas leis. O que o homem obtém ao negar a soberania da natureza -o que faz amparado no sagrado objetivo de alcançar a igualdade material- é criar cada vez mais distorções no sistema jurídico, na organização social e, consequentemente, na vida de cada um de nós.

A Prefeitura Municipal de Tambaú abriu concurso público para o cargo de ajudante geral, especificando no edital que o certame seria composto de uma prova objetiva de conhecimentos gerais e de uma prova prática. No dia da prova prática, os candidatos tinham que carregar um saco de 50 kg de cimento, por um percurso de 60 metros, no menor tempo possível. 

Algumas candidatas -contrariadas com o fato de não conseguirem carregar semelhante peso- foram à justiça exigir uma reparação por danos morais contra a prefeitura, que não teria considerado “a diferença biológica entre os sexos”, motivo pelo qual algumas candidatas se sentiram prejudicadas ou mesmo humilhadas.

Ora, desse jeito fica difícil entender a ideologia de gênero. 

De um lado, exigem a presença de mulheres trans no esporte feminino, ignorando por completo as tais diferenças biológicas (quem lembra do Fallon Fox, que numa luta de MMA quebrou o crânio da oponente?). De outro, solicitam encarecidamente que as mulheres sejam poupadas de fazer esforço físico, alegando que isso não condiz com sua estrutura física.

Será mesmo que a publicidade do sabonete hidratante estava falando a verdade ao afirmar que as mulheres são plenamente capazes de fazer tudo que os homens fazem? Será que o tal “empoderamento” feminino passa, necessariamente, por emular características eminentemente masculinas? 

#julia

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *