O feminismo defende as mulheres?

Quantas decisões históricas, responsáveis por mudar o curso da humanidade, aconteceram depois que as mulheres dos movimentos esquerdistas passaram a se manifestar peladas? Nem quanto ao sufrágio universal, que é considerada a maior conquista da humanidade, independente de haver lógica ou razão, ninguém precisou ficar pelado para provar que era gente e que merecia ser tratado igualmente. A encenação em questão é tão limitada e pobre no sentido criativo que a “atriz” foi incapaz de ser fiel à ideia original do leitão com a maçã na boca.

Enquanto isso, as mulheres seguem sendo obliteradas da sociedade como indivíduos autônomos e relevantes para o desenvolvimento humano, seja como membro de uma família, como profissional ou empreendedora. A realidade é que existe cada vez menos representatividade feminina, tanto nos movimentos políticos quanto nas conquistas profissionais e dos esportes, pois nós estamos cada vez mais limitadas a nos encaixar nas pautas da esquerda e a última coisa que a esquerda representa é a maioria feminina.

Não se pode mais dizer “mulheres que menstruam”, o correto agora é dizer “pessoas que menstruam”. Também não pode mais dizer “leite materno”, agora só é aceito o termo “leite humano”. Seguindo este mesmo raciocínio, apague a palavra “mulher” do seu vocabulário e insira a palavra “pessoa” para se dirigir ao público “feminino” atual. Ao mesmo tempo, “mulheres com pênis” ou “homens também menstruam” são expressões aceitáveis e até incentivadas. Não pode falar que mulheres menstruam, mas pode dizer que algumas mulheres têm pênis. Onde está a lógica? Chegamos ao ponto de um trans, que buscava exposição na lacrosfera, processar um ginecologista porque este se recusou a atendê-lo como mulher em seu consultório ginecológico.

Essas baboseiras são “conquistas” dos mesmos movimentos que defendem manifestações públicas que exploram o corpo feminino como ferramenta para chamar atenção no que tange a igualdade de gêneros. Mesmo que não exista relevância ou sentido em ficar pelada para conquistar algo, essas “manifestantes” vão lá e tiram a roupa, sob o pretexto de gerar indignação em torno do tema, seja lá qual for ele. Greve de professores? Tire a roupa e defeque sobre o retrato de um político. Passeata contra conservadores? Tire a roupa e sente em um crucifixo. Manifestação contra o presidente? Tire a roupa, enfie uma maçã na boca e pose como um frango assado.

Mesmo que nem todos os movimentos feministas defendam esse tipo de reestruturação que visa apagar a mulher da sociedade, quando as feministas se manifestam de forma a colocar a mulher como objeto elas também estão colaborando para que o sexismo e o tão odiado machismo se perpetuem. E qual mensagem passa esse tipo de manifestação? É possível que a sociedade decida respeitar as mulheres após uma manifestante ficar pelada na praça? Ou será que a maioria das mulheres não liga a mínima para esse tipo de manifestação, pois estão muito ocupadas tentando cuidar da própria vida, do seu trabalho e, muitas, da sua família? Será que as mulheres se sentem representadas por esse tipo de manifestação?

A verdade é que faltam revistas pornôs, faltam plataformas que dêem visibilidade para essas mulheres que saem peladas na rua com a desculpa de se manifestarem, pois a impressão que passa é que elas buscam uma exposição maior, um “olheiro” que as convide para posar nua em uma revista masculina. Mas qual revista, se tudo que os movimentos feministas fizeram foi acabar com essa forma divertida que os homens tinham de passar o tempo e que, ao mesmo tempo, era justa para muitas mulheres no sentido de ganhar algum dinheiro? O mais curioso é que as redes sociais não censuram mulheres nuas em posição de frango assado ou homens levando dedada se a publicação ostentar uma hashtag “forabozo” ou qualquer outra que seja o alvo da esquerda.

Enquanto isso, a mulher comum – nesse quesito se incluem sua mãe, sua irmã, sua amiga, sua namorada–, sofre diretamente as consequências desse delírio esquerdista de buscar igualdade de gênero. Ela não pediu por nada disso, ela está apenas tentando manter seu emprego e suas conquistas pessoais enquanto os burocratas, em uma resposta às manifestações, a colocam em um patamar de santificação e fragilidade, criando mais leis e mais “direitos”, que vão desde licenças menstruais até leis trabalhistas, e que a igualam a um animal exótico e raro.

Não temos NADA a agradecer aos movimentos feministas.

#lucianatoledo

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