França: o real símbolo do ordoliberalismo

A França é mais um desses casos enigmáticos de potências que nunca foram de fato totalmente livres. Mas por quê? Para explicar o motivo devemos voltar à época da Revolução Francesa, quando resolveram lutar para acabar com a administração monárquica, juntamente com o clero, que controlava a vida do povo francês e resolveram acabar de vez com esse regime para, no final, simplesmente mudar de um comando para outro, isto é, sai monarquia e entra o estado. 

O que ocorreu foi um show de horrores, pois aqueles que lutavam contra a monarquia acabaram sendo os mesmos que chegaram a guilhotinar mais de 100 pessoas diariamente tudo em prol da “revolução”, da troca de comando, isso sem contar que, por meio da Revolução Francesa, foi criada a dicotomia política que vemos hoje. 

No dia da reunião na assembléia governamental, as pessoas que lutavam por um estado controlador, que cuidaria e controlaria a vida e a economia do povo sentaram-se do lado esquerdo (Jacobinos), enquanto que aqueles que lutavam por um estado não-controlador e também lutavam por liberdades individuais e manter valores e costumes tradicionais, juntaram-se à direita (Girondinos). Acontece que os Jacobinos estavam em maioria e acabaram sendo os responsáveis por uma das maiores carnificinas da história da humanidade, tudo em troca de acreditarem que um estado controlador cuidaria do bem-estar da população no geral. Ledo engano, como a gente bem sabe.

Mas você deve estar se perguntando: Se a França nunca foi de fato uma nação totalmente livre, como ela ainda pode ser uma das nações mais fortes e influentes do mundo? Simples, além de ter fortes instituições, também sempre foi uma nação que soube desfrutar e aproveitar seus recursos, mesmo que ainda tenha um estamento burocrático muito forte, talvez o maior da Europa, também tem resquícios de liberdade econômica, por isso sendo citada como não totalmente livre, sempre investindo em tecnologia e militarismo, conhecida potência militar mundial e nuclear, contando com muitas transnacionais poderosas: BIC, L’oreal,BNP Paribas, ALSTOM, Michelin, Kipsta, Danone, Valeo, Peugeot, Renault, Citroen, etc.

Após a revolução francesa o que se viu no país foi uma nação com estado praticamente totalitário querendo dominar a Europa quase por inteira até ser derrotada pela Grã-Bretanha na batalha de Waterloo. Mas ainda assim, depois disso, a França não perdeu o costume de manter um estado “grande” e controlador e nunca no final das contas chegou perto de ser um estado pequeno ou mínimo.

Como diz o lema da República Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que significa: Liberalismo, Socialismo e Estado, nessa mistura você pode chegar à ideia de que a França nada mais é do que uma nação ordoliberal, aliás sempre foi.

Uma das nações mais estatistas e controladoras da Europa que, apesar de sua influência, o povo francês nunca foi totalmente livre, pelo contrário, sempre foi aquele que reza pelo papai estado, e agora estão sentindo de vez na pele o perigo disso, a abertura ao multiculturalismo e dominância islâmica, outro grave problema causado por burocratas e parasitas estatais de patente maior da Europa(UE).

A França só tem uma saída para reverter tudo isso: O libertarianismo. Acho que Frederic Bastiat quis dizer isso na época dele e não foi totalmente compreendido.

#fredjonas

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