Espalhe liberdade, não ódio

É inquestionável que os últimos 20 dias foram transformados numa sangrenta batalha campal. O mundo conheceu a disputa eleitoral mais acirrada da história brasileira que custou amigos, colegas de ideologia que se maldizeram por diferenças cosméticas e relações parentescas abruptamente cortadas. O resultado, então, veio à público, atendendo misteriosamente ao projeto de poder continuamente crescente e da multiplicação dos tiranos de sabedoria centralizada. Nós imputamos uns aos outros a culpa dolorosa, determinamos os grupos que nos condenaram ao inevitável fracasso nas urnas, que nos rumaram à miséria e à desarmonia.

Nós não poderíamos estar mais cegos, ou desconexos, com o infame e complexo teatro do poder centralizado. Os habitantes do norte estão culpando os habitantes do sul e os habitantes do sul estão culpando os do norte, enquanto os tiranos observam nosso comportamento facilmente previsível, nosso apego inocente pelas suas promessas e programas, que pouco ou nunca são cumpridas, afim de atirar uma migalha de pão ao miserável para manter sua dependência, e os miseráveis são todos nós: empresários, médicos, engenheiros, auxiliares, estagiários, donas de casa, ricos, pobres, nortistas e sulistas. Enquanto os inimigos tomam suas propriedades, removem sua liberdade, vocês estão atirando em amigos. Eu os convido a apontar suas armas aos políticos e ao sistema cálido, imperador e tirânico que verdadeiramente lhe ameaçam.

Uma forma legítima de enfraquecê-los, que respeita os princípos de liberdade, a sua propriedade e sua vida, é dividir o poder em tantas vezes quanto possível para reduzir o alcance de suas garras. Este movimento conhecido tecnicamente como secessão tem como princípio fundamental que o território secedido deixe de seguir as regras e leis as quais anteriormente pertencia, e que os habitantes deste território então formulem suas próprias regras e vivam pacificamente com elas e em harmonia com seus vizinhos.

Na contramão deste modelo pacífico, surgiram modelos carregados de ódio e tomados pelo preconceito, sequestrados pelo sorrateiro teatro do poder, modelos do mau combate e do fogo amigo. Um desejo ardente de separação, onde a premissa básica era o meu em detrimento do seu. Não, não se deixe levar por este sentimento contaminado de governo, de poder, o câncer da prosperidade e da harmonia.

Nós queremos visitar suas praias, comer acarajé e andar de jipe nas dunas. Nós queremos explorar a Amazônia e respirar a beleza tropical, nós queremos ver a liberdade correndo nos veios do Rio Amazonas. Nós queremos sentir a intensidade da noite paulista, acordar na cidade que nunca dorme, saudar o Cristo Redentor e experimentar o realce do sabor gaúcho. Nós não queremos muros, queremos liberdade, respeito e vida.

A liberdade não tem preconceitos, ela abraça os miseráveis, os desafortunados, os injustiçados, os ricos e os pobres, os irmãos do norte e os irmãos do sul. Em suas portas não passam apenas os escolhidos, elites e poderosos, aliás, ela não tem portas. É a arma mais poderosa contra qualquer projeto tirânico. Uma sociedade livre de poder governamental é uma sociedade alicerçada na mais potente rocha, e nem PT ou PSDB será capaz de produzi-la. Apenas você.

Nós te convidamos a espalhar a liberdade ao invés do ódio. Ao invés de luto, luta.

Ajude-nos a conquistá-la.

Rafael Lemos, presidente do Libertários.

One thought on “Espalhe liberdade, não ódio

  1. Pedro Ferreira 24 de março de 2019 at 16:24 - Reply

    Que ótima noticia!

    Dizem que agir é o que importa, porém a ação sem uma base teórica que a sustente e norteie não é capaz de contruir nada. Antes de construir uma casa é preciso projeta-la ou no mínimo ter uma boa idéia de como se dividirá em suas funcionalidades:

    Uma casa é feita de tijolos que formam paredes, mas um amontoado de tijolos ou de paredes não criam uma casa. É preciso antes saber como posicionar os tijolos e as paredes.

    Portanto, desenvolver e difundir uma FILOSOFIA ou no mínimo uma TEORIA é fundamental. Então feito isso e entendido o que decorrerá sequencialmente das idéias aplicada se poderá construir o meio em que se pretende existir.

    Uma ideologia promete fins e em nome destes se dispensa de analisar os meios, se verdadeiros para alcança-la e se possíveis. Uma ideologia nem mesmo se permite analisar se efetivamente produzirá a felicidade que promete.
    Uma ideologia se apresenta como um objetivo em si mesma, como se qualquer análise ou crítica a suas idéias como meios de alcançar a felicidade prometida fosse um sacrilégio ou declaração de oposição à felicidade prometida. Uma ideologia nem mesmo expõe suas razões, mas apenas promete felicidade, sem nem mesmo explicar objetivamente que felicidade é essa. Pois aquilo que os líderes afirmam ser a felicidade não pode ser questionado. Pois questionar é imediatamente taxado de um ato contra o “bem estar” prometido e nunca bem esclarecido; de modo a permitir fantasias subjetivas que podem mesmo criar incontáveis dissidência para ideologias aparentadas. Cada uma afirmando-se a verdadeira promessa de felicidade.

    Uma TEORIA ou uma FILOSOSFIA parte de PRINCÍPIOS racionalmente bem aceitos ou reconhecidos como pertencentes à realidade. Portanto teoria e filosofia se fazem com princípios AXIOMÁTICOS que se encadeiam para formar novos conhecimentos que pretendem reconhecer ou estabelecer a verdade.

    Uma ideologia afirma desejar estabelecer um “mundo maravilhoso” sem nem mesmo admitir que tal mundo pode não ser maravilhoso para todos, mas apenas maravilhoso para alguns. Ou seja, os líderes ideológicos apresentam a própria subjetividade como se a mais objetiva verdade. Assim qualquer um que questione essa “verdade” ou os meios (ideologia) que afirmam realiza-la será acusado de desejar o mal alheio. Logo deve ser combatido e odiado pela simples contestação do alegado objetivo (FIM SUPREMO) ou dos meios preconizados para alcança-lo.

    O que falta é filosofia e teorias, nunca ideologias farisaicas fundamentadas em promessas que sequer se permitem questionamento, fomentando o ódio contra meros críticos sob a idéia de que se não está a favor do “BEM” prometido, esta a favor do mal. Sem permitir qualquer JULGAMENTO sobre a realidade do “BEM” prometido ou dos MEIOS que prometem alança-lo.

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