Autor: libertarios

Quinze de Março Libertário

O povo está farto de seus governantes. O povo está farto de ser enganado. O povo está cansado de ser empobrecido. O povo dá um basta ao desvio de verbas e uso da máquina estatal para o benefício de particulares e corporações. Até mesmo quem apoia o grupo que está no poder desaprova o modo como governa e suas atuais políticas.

Há uma revolta generalizada que irá desaguar nas ruas de todo o território brasileiro no dia 15 de março de 2015. Sob diversas bandeiras, o povo gritará contra a atual presidente, contra seu partido, contra a corrupção e a favor de muitas coisas como o impeachment, intervenção militar, investigação da Operação Lava Jato, BNDES, a condenação dos envolvidos e várias outras.

O Partido Libertários apoia a manifestação. Entende que é legítimo reivindicar nas ruas as suas ideias e posições e que a mobilização pode propagar ideias e mobilizar e envolver outros indivíduos nas causas defendidas. O que o LIBER não defende são as bandeiras abstratas ou absurdas que estão sendo levantadas.

Alguns libertários estão envolvidos, pessoalmente, de algum modo com movimentos que estão participando ativamente dos protestos. O LIBER, por outro lado, quer deixar claro o que defende. Se há interesse em participar e muitos de nós irão para as ruas, que nossas bandeiras sejam claras.

Secessão
A solução óbvia para muitas das reivindicações populares é a separação das entidades federativas. Separação não é levantar muros e expulsar pessoas nascidas em outros locais. Separação é não ter de sustentar Brasília. É retirar do bolso dos mais pobres, das regiões mais remotas, a conta do luxo e do gasto dos políticos e dos funcionários públicos com seus privilégios. Para acabar com a falcatrua no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, basta não enviar dinheiro para lá. O LIBER entende que o dinheiro deve ficar com quem o produziu e isto nos leva à nossa segunda bandeira.

Imposto = Roubo
Todo imposto, tributação e taxa são um assalto e extorsão. O povo brasileiro é ameaçado a pagar a conta e vê a sua qualidade de vida despencar ao ter todos os produtos consumidos taxados à 40% em média. Alimentos, remédios, vestuário e tudo o mais são muito caros por conta dos impostos embutidos. O consumidor final, isto é, o cidadão, sempre paga a conta para sustentar parasitas do dinheiro roubado.

Impeachment de Todos
Não adianta trocar de líder. O povo parece ter acordado para isto, mas muitos ainda não entenderam a questão. Dilma, Temer, Aécio e qualquer outro político têm o mesmo incentivo: se aproveitar da máquina em benefício próprio, colocar os amigos no poder e favorecer aliados. A única forma de enfraquecer os políticos e retirando poder de suas mãos. É preciso diminuir o poder de legislar sobre os outros (secessão), diminuir a arrecadação (cortar impostos) e diminuir o papel do governo na sociedade, passando o comando de empresas e serviços para os funcionários, cooperativas, empresas ou indivíduos que administrem de modo a fornecer o produto/serviço de forma eficiente, ou seja, com poucos custos e a um preço competitivo.

Não deixe que movimentos pautem as manifestações pedindo mais estado, como a intervenção militar por exemplo, ou a troca de líderes (eleitores do Aécio). A nossa luta é pela liberdade. A nossa luta é pela autonomia e autodeterminação individual. Muitos manifestantes desconhecem nossas reivindicações. Eis um bom momento para mostrar o que defendemos.

Filipe Rangel Celeti,
coordenador estadual do LIBER-SP e membro do Comitê Executivo do LIBER

Rafael Lemos,
presidente do LIBER

Espalhe liberdade, não ódio

É inquestionável que os últimos 20 dias foram transformados numa sangrenta batalha campal. O mundo conheceu a disputa eleitoral mais acirrada da história brasileira que custou amigos, colegas de ideologia que se maldizeram por diferenças cosméticas e relações parentescas abruptamente cortadas. O resultado, então, veio à público, atendendo misteriosamente ao projeto de poder continuamente crescente e da multiplicação dos tiranos de sabedoria centralizada. Nós imputamos uns aos outros a culpa dolorosa, determinamos os grupos que nos condenaram ao inevitável fracasso nas urnas, que nos rumaram à miséria e à desarmonia.

Nós não poderíamos estar mais cegos, ou desconexos, com o infame e complexo teatro do poder centralizado. Os habitantes do norte estão culpando os habitantes do sul e os habitantes do sul estão culpando os do norte, enquanto os tiranos observam nosso comportamento facilmente previsível, nosso apego inocente pelas suas promessas e programas, que pouco ou nunca são cumpridas, afim de atirar uma migalha de pão ao miserável para manter sua dependência, e os miseráveis são todos nós: empresários, médicos, engenheiros, auxiliares, estagiários, donas de casa, ricos, pobres, nortistas e sulistas. Enquanto os inimigos tomam suas propriedades, removem sua liberdade, vocês estão atirando em amigos. Eu os convido a apontar suas armas aos políticos e ao sistema cálido, imperador e tirânico que verdadeiramente lhe ameaçam.

Uma forma legítima de enfraquecê-los, que respeita os princípos de liberdade, a sua propriedade e sua vida, é dividir o poder em tantas vezes quanto possível para reduzir o alcance de suas garras. Este movimento conhecido tecnicamente como secessão tem como princípio fundamental que o território secedido deixe de seguir as regras e leis as quais anteriormente pertencia, e que os habitantes deste território então formulem suas próprias regras e vivam pacificamente com elas e em harmonia com seus vizinhos.

Na contramão deste modelo pacífico, surgiram modelos carregados de ódio e tomados pelo preconceito, sequestrados pelo sorrateiro teatro do poder, modelos do mau combate e do fogo amigo. Um desejo ardente de separação, onde a premissa básica era o meu em detrimento do seu. Não, não se deixe levar por este sentimento contaminado de governo, de poder, o câncer da prosperidade e da harmonia.

Nós queremos visitar suas praias, comer acarajé e andar de jipe nas dunas. Nós queremos explorar a Amazônia e respirar a beleza tropical, nós queremos ver a liberdade correndo nos veios do Rio Amazonas. Nós queremos sentir a intensidade da noite paulista, acordar na cidade que nunca dorme, saudar o Cristo Redentor e experimentar o realce do sabor gaúcho. Nós não queremos muros, queremos liberdade, respeito e vida.

A liberdade não tem preconceitos, ela abraça os miseráveis, os desafortunados, os injustiçados, os ricos e os pobres, os irmãos do norte e os irmãos do sul. Em suas portas não passam apenas os escolhidos, elites e poderosos, aliás, ela não tem portas. É a arma mais poderosa contra qualquer projeto tirânico. Uma sociedade livre de poder governamental é uma sociedade alicerçada na mais potente rocha, e nem PT ou PSDB será capaz de produzi-la. Apenas você.

Nós te convidamos a espalhar a liberdade ao invés do ódio. Ao invés de luto, luta.

Ajude-nos a conquistá-la.

Rafael Lemos, presidente do Libertários.