Mês: novembro 2021

A via política libertária: uma estratégia ética e válida.

Devido ao princípio anarquista (de completa rejeição da existência de um governo) os libertários anarcocapitalistas possuem um ímpeto natural de rejeitar toda e qualquer associação política. E há de se entender o porquê. É uma consequência filosófica lógica de que se o estado é uma instituição que nasce e se mantém pela violência, logo, não podemos nos associar, de forma alguma, com ele para não sermos cúmplices dessa violência. Entretanto, sabemos que a prática da luta libertária não é tão simples assim. O estado muda, já que é uma estrutura composta e praticada por seres humanos que acreditam e usufruem da sua autoridade. Essas pessoas modificam o aparato com a finalidade de manter seu poder de coerção sobre a sociedade e continuar parasitando os indivíduos comuns desta. Se o estado usa de todas as armas disponíveis para se manter de pé, não podemos nós, os arautos da liberdade, nos contentarmos com uma conclusão filosófica tão simplista em nossa luta.

Poderíamos começar este parágrafo com o tosco bordão “Tudo é política”, mas a ideia aqui é ser sensato e pragmático. Não, nem tudo é política. Na verdade, a maior parte do nosso cotidiano não é política. No entanto, é preciso reconhecer que a pouca política que atua em nossas vidas tem um enorme peso sobre elas. Então não se pode simplesmente ignorar a política e acreditar que sua vida seguirá conforme seus planos, intocada pela maléfica política. Ayn Rand nos ensinou muito bem que podemos até ignorar a realidade mas não podemos ignorar as consequências de ignorar a realidade. Compreendemos, então, uma primeira importante ideia: um libertário pode não participar ativamente, mas é sensato, pelo menos, estar informado e atualizado dos principais fatos políticos que podem o afetar.

Então, apenas ler jornais e assistir aos noticiários já torna a “atuação política” de um libertário suficiente? Podemos dizer que, para alguns, sim. Mas esses precisam ter consciência de que estarão apenas compreendendo os motivos e mecanismos das injustiças e violências praticadas diariamente contra eles. Não estarão lutando, de fato, pela sua liberdade. Então é imperativo tomar alguma ação. Existem diversas estratégias de deslegitimar e derrubar o governo. Podemos colocar três categorias de estratégias de luta: 1. uma revolução violenta e armada; 2. uma revolução pacífica por meio da desobediência civil (que pode conter eventuais episódios de violência com fim de defesa); e 3. a atuação política. A primeira opção envolve grandes riscos e exige uma estrutura estatal completamente abalada para ter sucesso. Como nós libertários, apesar de armamentistas, costumamos ser grandes pacifistas, vamos nos concentrar em falar sobre a segunda e terceira estratégias.

O objetivo aqui não é dar preferência pela via política ou desobediência civil. Isso seria um atestado de ignorância. Essas  duas estratégias têm sua importância e são cruciais na luta libertária. A desobediência civil já mostrou sua grande eficácia na independência da Índia no século XX. Simplesmente ignorar as regras do estado e deixar a ação humana legítima fluir causa grande estrago no aparato governamental. Dentro do libertarianismo podemos ver esse grupo muito representado pelos agoristas. Samuel Edwards Konkin III formulou essa vertente libertária de forma genial empregando que o movimento libertário deveria focar em seguir sua vida ignorando o estado, praticando o livre mercado de forma natural (mesmo as práticas criminalizadas) e divulgando o libertarianismo incansavelmente na sociedade. Apesar de já ter sido membro do partido libertário americano, Konkin passou a condenar a participação libertária na política com veemência. Mesmo com uma obra curta, Konkin deixou textos detalhados e geniais sobre como podemos agir contra o estado de forma produtiva e pacífica em nosso cotidiano. A estratégia agorista tornou-se um pilar essencial na luta libertária. Então, ainda temos motivos para cogitar uma participação proveitosa de libertários na política? É evidente que sim!

Primeiramente é preciso deixar claro que não há nada de contraditório na participação política de libertários. Um raciocínio lógico e honesto usando a ética libertária não é capaz de fazer tal afirmação. De acordo com nosso consistente modelo ético concluímos que não se pode violar a propriedade privada alheia (e esse é o resumo do que o estado faz diariamente) e, sempre que possível, lutar contra tal violação. Quando um libertário adentra a estrutura estatal visando lutar contra ela, enfraquecê-la, deslegitimá-la e defender a liberdade dos indivíduos, não é possível concluir que este libertário está agindo contra seus princípios éticos. 

Estamos falando aqui de uma estratégia subversiva e complexa que tem como único objetivo final cessar a agressão do maior violador de propriedades privadas do mundo. Como pode aquele que luta pela propriedade privada e liberdade individual diariamente ser chamado de inimigo do movimento libertário? É possível, no máximo, fazer uma objeção moral, pois é compreensível que muitos não possuam a disposição e coragem de se expor no covil do inimigo para sabotá-lo. E é justamente por isso que os agoristas precisam atuar de forma paralela e forte na sociedade. Vale recordar que participar politicamente não se resume em tornar-se um candidato. O mero fato de divulgar um candidato libertário e suas ações, o assessorar ou apenas apoiar um partido libertário já é de grande auxílio. Neste momento, surge uma nova dúvida: como então a via política pode ajudar o libertarianismo de fato?

Antes de responder essa pertinente questão devemos discorrer, brevemente, de uma fase que precede o político libertário: o voto do libertário. Votar é algo que realmente incomoda qualquer um de orientação anarquista. O voto passa a impressão de legitimidade do estado, de que você concorda com esse instrumento e acredita nele como uma arma de mudança. Walter Block e Lysander Spooner já nos mostraram que não é bem assim. De fato, é ultrajante o fato do voto ser obrigatório em alguns países (como é no Brasil), mas isso não significa que ele é inútil ao movimento libertário. Inicialmente, é lógico, que é por meio dele que vamos tentar eleger nossos candidatos libertários. Mas o voto também  serve como um protesto, um boicote. Já que nos foi dada essa pequena arma não vamos deixar de usá-la. É possível votar (na ausência de candidatos libertários) no candidato menos estatista possível e passar o recado de que não estamos interessados em propostas que aumentem o estado. Lembremos aqui que votar também não significa ser cúmplice de um candidato que, posteriormente, no mandato, se mostra ruim. A maioria de nós já realizou associações (comerciais, sociais ou até afetivas) com pessoas que depois se mostraram desonestas ou até antiéticas. O fato de termos sido enganados diz, na verdade, sobre a podridão do caráter delas e não do nosso. Então é ético e, talvez, até virtuoso usar o voto para enfraquecer o estado com nossos políticos libertários.

Um libertário na política (ou vários, vindos de um ou mais partidos libertários) pode fazer grandes estragos ao estado. Vamos apenas deixar claro, inicialmente, que não há sequer esperança dos políticos ou partidos libertários de que estes se tornem corrente majoritária na política e acabem por colocar fim no estado. A estrutura estatal simplesmente não foi feita para permitir tal fato. Portanto, os agentes políticos libertários vão se valer de pequenas ações que auxiliem a implementação de sua ideologia. Primeiramente, podemos citar o uso da exposição política como megafone das ideias libertárias. Este é um exemplo já muito usado por Rothbard e Block. Se pudermos usar aqueles poucos segundos da campanha eleitoral para proferir no rádio ou TV nosso mantra “Imposto é roubo e o estado é uma quadriilha”, milhões de pessoas estarão sendo alcançadas com uma belíssima ideia. Caso esse candidato seja eleito, terá ainda mais tempo e mais visibilidade para divulgar estas boas ideias. Esse fato é visível quando sabemos que o partido libertário americano já foi responsável por 10% dos votos em eleição recente. Além disso, o político libertário, uma vez eleito, terá função primordial de, simplesmente, defender a população. Ele pode usar todo seu novo poder de influência para atrapalhar as ações do governo votando contra todas as medidas estatistas e expondo outros políticos, que admitem nos corredores sombrios dos palácios, não estarem do lado dos indivíduos violados pela máquina governamental. O político libertário também irá sempre apoiar e divulgar todas aquelas medidas que visam diminuir o poder do estado, mesmo que seja algo pequeno.

Não podemos deixar de relatar também a estratégia política pensada por Hoppe. Segundo o pensador alemão, a democracia pode ser usada para implementar estratégias antidemocráticas fazendo pressão popular, principalmente, em políticos locais. Hoppe é grande adepto da secessão como estratégia libertária e, para isso, prega um maior foco na política local (municipal e estadual), uma vez que esta é mais acessível e demanda menor energia para promover mudanças. Quando os municípios e estados estiverem cada vez mais tomados pelas ideias libertárias, o governo federal central ficará naturalmente enfraquecido, tendendo a aceitar a descentralização do poder e talvez até sua dissolução.

É claro que um purista pode alegar que não é possível saber se o cargo político de um libertário irá, de fato, auxiliar a propagar o libertarianismo ou, pelo menos, atrapalhar as ações do estado. Mas esse tipo de raciocínio superficial pode ser aplicado a qualquer ação. Também não há garantias de que evitar a participação política e focar em grupos de divulgação dos ideais libertários, além de memes na internet, irão gerar grande rejeição estatal na sociedade. O fato é que toda ação libertária possui seus riscos e cada indivíduo realiza aquela que conclui ser válida para si. Também é comum ouvirmos a objeção de que um político libertário irá viver de impostos roubados da população. É fato que seria ideal a possibilidade deste político negar seu salário (o que ainda não é possível no Brasil) ou pelo menos doá-lo de volta à população mensalmente (vivendo assim apenas de doações de apoiadores). A segunda opção pode até ser tentada, mas devemos lembrar que aquele cargo está disponível, a cadeira possui uma vaga, se não colocarmos pelo menos um libertário nela, um político estatista acabará por ocupá-la e, se houver oportunidade, ainda votará pelo aumento de seu próprio salário.

Um verdadeiro libertário, aquele de forte tendência anarquista que nutre ódio diante da injustiça estatal, não se abstém de usar nenhuma arma contra seu inimigo. Se for preciso ignorar as leis do governo para praticar sua liberdade, o libertário o fará. Se também houver a demanda de contribuir com a ação libertária dentro da política, o libertário também o fará. Esse mesmo libertário não terá medo algum de ter sua crença na ética da propriedade privada colocada em cheque por estas ações. O verdadeiro libertário não é infantil a ponto de achar que ele ou qualquer um seja menos libertário por usar a via política, ele não está preocupado em parecer virtuoso ou mais anarcocapitalista que o resto. O libertário genuíno conhece sua ética de ponta a ponta com todos seus detalhes e aplicações, ele sabe que a luta pela liberdade não abala a ética, ela a fortalece pois mostra sua aplicação prática. 

#FAL

Ao estatista, todo o peso da mão do estado

O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou uma lei proibindo os empregadores de exigir dos seus funcionários a obrigatoriedade das “injeções” contra o C-19. Neste momento, vejo muitos libertários dizendo “eu sou contra a intervenção estatal” e que não concordam com a medida imposta pelo governador da Flórida, sob a alegação de que não precisamos de mais intervenção estatal. Eu concordo com essa afirmação; entretanto, vamos fazer um exercício mental.

Vamos, por um breve momento, enxergar a situação por um ângulo diferente: vamos parar de brigar por zero intervenção estatal, pelo menos por ora, pois não existe a possibilidade de experimentarmos um pouco de liberdade a curto prazo. Intervenção é realmente uma coisa abominável, mas o que nos sobra atualmente é, literalmente, defender o menos pior e, hoje, eu iria preferir estar morando na Flórida do DeSantis, que proíbe proibições, do que em um lugar que obriga todo mundo a se vacinar. Não se trata mais de liberdade, pelo menos por enquanto, agora estamos negociando permissões.

Eu entendo que a questão envolve única e exclusivamente o direito de soberania individual, porém isso já não existe mais, desde o momento em que todos os comerciantes resolveram acatar o estado fechando as portas dos seus comércios no primeiro lockdown. Nós, os libertários, estamos falando, desde sempre, que não podemos permitir as loucuras impetradas pelo estado, mas ninguém quis saber, até 18 de março de 2020. E, justo agora, que todos nós estamos com todas as botas do estado em nossos pescoços, aparece um político com um lapso de bom senso, querendo tirar um pé do nosso pescoço. Pontualmente neste momento, precisamos, sim, entrar no jogo e barganhar, pois, por ora, o que nos sobra é tentar reverter um pouco da merda que o estado e os estatistas fizeram. 

O estado é coerção em sua essência e ele funciona muito melhor quando governa pelo medo, pois as ações do estado se resumem em 10% de lei e 90% de ações que injetam o medo na população. Desta forma, com as pessoas apavoradas, o estado não precisa nem da polícia na rua, pois as ovelhas irão prontamente obedecer. 

Também precisamos lembrar que, temporariamente, o direito de propriedade privada deixou de existir. Uma vez que os comerciantes fecharam seus estabelecimentos sem questionar a decisão estatal, isso também prova que os comércios não são dos pagadores de impostos, o verdadeiro proprietário do comércio, que você luta de sol a sol para manter funcionando e empregando o maior número de pessoas que puder, também não é seu, é do estado. Ele decide quando você abre e quando você fecha. Sempre foi assim, acontece desde sempre e, a partir de 18 de março de 2020 essa situação ficou evidente e escancarada. Isso sem contar com a obrigatoriedade em se vacinar, pois se você não pode nem decidir se quer ou não se vacinar, o corpo não é seu, mas do estado. Quem dirá o estabelecimento que você mantém funcionando, sob a condição de pagar impostos.

Exatamente por isso, também sou a favor do uso da força do estado contra todo estatista que acatou essa a tirania sem questionar se havia lógica ou não e que agiu orientado exclusivamente pelo medo de levar uma multa, pois a covardia não deve ser incentivada, principalmente pelos libertários. Se não vai pelo amor, vai pela dor e também é justo que esse pagador de impostos, que atualmente se satisfaz em ver o próximo ser oprimido, sinta na pele as consequências de ter apoiado a coerção do estado.

Quem está prestando atenção, mesmo desde antes do dia 18 de março de 2020, já havia percebido que existe uma satisfação do oprimido em ser opressor, em toda e qualquer oportunidade que se coloque o oprimido no papel de opressor, ele o fará sem pestanejar. Foi exatamente por isso que vimos a ascensão sem precedente de tiranetes apoiando todas as medidas descabidas do estado nos últimos tempos. Pessoas denunciando festas, denunciando comércios abertos, denunciando pessoas sem máscara na rua, comemorando a prisão de pessoas que tomavam sol em bancos de praças… Por isso digo que sou a favor de que todo estatista sinta o peso da mão estatal, é uma obrigação moral do libertário torcer para que o estatista sinta a punição daquele que ele tanto venera e alimenta.

Todo esse meu ponto de vista trata de pragmatismo? Sim, obviamente, sou uma pessoa pragmática, e ao mesmo tempo em que idealizo um mundo com zero coerção, não posso me dar ao luxo de ver o estado passando por cima das pessoas que não aceitam serem usadas em um experimento em pleno curso. A luta, agora, não é para sermos livres, é para continuarmos sobrevivendo para, quem sabe um dia, termos a chance de lutar pela liberdade novamente.

#lucianatoledo

Progressismo: o maior sequestrador da história

O que mais vemos nos dias atuais são “ditaduras” em prol de causas ou pautas legítimas e impostas por meio de coletivismos disfarçados de justiça e bom senso, mas que não passam de puro oportunismo para políticos e pessoas mal-intencionadas aumentarem cada vez mais o poder estatal. Usam pessoas cooptadas por pautas legítimas como direitos da mulher, dos negros, dos excluídos, e até mesmo dos animais e ambiental.

Tudo isso é válido, desde que seja continuado com suas formas naturais, porém o que se vê hoje é puro oportunismo misturado com maldade e marxismo, pois conseguiram sequestrar as pautas, distorcendo-as.

Esse sequestro vem fazendo muito estrago mundo afora, inclusive nas próprias causas que defendem, porque, além da distorção, perdem muito do seu valor, pois as pessoas que não são da bolha e têm a sanidade em dia começam a notar vários equívocos e, principalmente, as falsas premissas que, na verdade, não brigam “apenas” pelos seus direitos e, sim, por mais “proveitos” para que possam desfrutar desses “proveitos” sem se importarem com as próprias consequências.

É aí que entra o oportunismo do estado, que se aproveita das “causas” progressistas sequestradas e tende a aumentar cada vez mais o seu poder nem que, para isso, passe por cima de tudo e de todos, inclusive dos próprios progressistas.

Exatamente por conta dessas coisas ou situações, que ao longo da história, os socialistas são os maiores sequestradores do nosso tempo; começaram com o proletariado e atualmente estão, até mesmo, com a ciência e só tendem a piorar cada vez mais se não forem combatidos de uma vez.

#impostoeroubo

#diganaoaoprogressismo

#vazasociopatas

#fredjonas

O Lockdown começa a mostrar seus efeitos nocivos ao mundo

Desde o início da pandemia, seguimos escutando a mesma ladainha, tanto da mídia mainstream, quanto de governos e pessoas apavoradas por conta do surto de covid: “ain, fica em casa, primeiro vamos salvar vidas, economia a gente vê depois, porque economia se recupera e vidas não” argumento alimentado por “especialistas” e pseudo-cientistas; como se a economia não fosse também uma ciência e vital na sociedade.

Pois é. Eis que o depois chegou com tudo. Aqui no Brasil a maioria das coisas e produtos básicos para a necessidade popular tem aumentado de forma brusca, resultado causado por medidas equivocadas do estado e crise política do país; um verdadeiro caos por conta da guerra pelo poder e em outras partes do mundo não está sendo diferente.

Inglaterra, por exemplo, está sofrendo uma grande crise de abastecimento, por conta, principalmente, da falta de motoristas e, também, por medidas equivocadas do governo, só para variar um pouco. EUA também está sentindo na pele o problema do abastecimento, e não muito diferente, por conta de equívocos governamentais. Nem na China, onde tudo começou, escapou da tragédia do lockdown, pois muita gente achou que não estava ocorrendo nada por lá e que eles estavam indo muito bem. Por lá, a crise afeta o setor imobiliário e energético, inclusive ameaçando não haver abastecimento de produtos e insumos para outras partes do mundo.

O que tudo isso tem em comum e nos mostram? O estado, mais uma vez, tentando ser o salvador da pátria, acabou ferrando mais e mais o povo com políticas ineficientes de combate ao vírus, causou pânico na sociedade e ainda por cima enriqueceu alguns oligopólios da saúde (Big Pharmas) e o mundo, de joelhos a toda estirpe globalista, viu o PIB per capita cair vertiginosamente, a qualidade de vida e coeficiente GINI também caíram de forma considerável e o povo está cada vez mais em pânico. O populismo raso e barato foi explorado com “auxílios emergenciais” para o povo ficar calado e trancado em casa, enquanto empresas e comércios foram cada vez mais afogados por conta de impostos. O sistema não pode parar, segundo a cartilha globalista e a impressora governamental ligada 24 horas por dia.

Resultado: hiperinflação generalizada, renda média da sociedade em queda brusca, dinheiro perdendo seu valor cada vez mais e o número de pessoas afetadas pela fome continua subindo. Por outro lado, o número de mortos pelo vírus não justifica todo esse sacrifício, já que este era o principal motivo para o lockdown. Tudo isso prova que teria sido muito mais seguro se a vida tivesse seguido normalmente e sem a intervenção estatal. O estado não resolveu em nada a questão do covid, foi, na verdade, uma desculpa para ir fatiando a liberdade e controlando cada vez mais as pessoas pelo medo e pela alienação. 

A pandemia está servindo para abrir os olhos da população em geral, em relação ao estado, mas tem gente que ainda insiste em continuar de olhos fechados ou venda nos olhos; depois não chore quando o fantasma estatal vir te perturbar, pandeminion.

Para finalizar, mais uma observação: os pandeminions, que eram os maiores defensores do lockdown, agora são os que mais choram com a inflação, eles deveriam pagar o preço multiplicado por 3 em relação aos demais para largarem mão de serem idiotas e safados: defendiam lockdown e, em muitos casos, até prejudicavam o próximo, além de quererem controlar a vida do outro também.

Então pandeminions, se virem nos 30 aí e calem a boca, da próxima vez aprendam que o estado não está nem aí com vocês e nem aí com nós, só se preocupa consigo mesmo e em se manter sempre grande para continuar no controle, e mais nada.

Chega de estado.

#fredjonas

Mais um exemplo do maléfico corporativismo

Todo mundo vem acompanhando a queda da Rede Globo em diversos âmbitos, inclusive no financeiro. Esse acontecimento vem dividindo opiniões sobre o assunto, pois “a poderosa Globo já não é mais a mesma, a Vênus platinada sucumbe cada vez mais e blá blá blá”.

O que muita gente não sabe é que a Globo passa por um baque, uma abstinência por falta de dinheiro público que era uma das suas maiores receitas. É isso mesmo, a Rede Globo, uma das maiores emissoras de TV do planeta, é, na verdade, uma empresa corporativista, ou mais uma, em terra brasilis. Está passando por maus bocados, justamente por ter conluio com o estado, desde sempre, pois a política do corporativismo no Brasil sempre foi forte e se intensificou a partir do JK. Um dos maiores perigos, ou talvez o maior do corporativismo, é justamente esse, a acomodação, por conta do monopólio, que acabou de ser transformado pelo fato de sempre ser a emissora que mais recebeu verba estatal, e conseguiu se manter desde então.

O problema é que, antigamente, a própria Globo conseguia fazer bons programas, novelas, jornalismo, etc. Tinha até uma qualidade considerável, de fato, apesar de a diferença financeira perante as outras não ser tão grande. Tudo isso mudou após o regime militar, mas por quê? Por causa da troca de apoio e conluio, o sistema virou a chave e a emissora acabou se beneficiando com a “nova república”, pois, a partir dali, ficou nítido que a diferença da Globo para as demais só iria crescer. Foi porque a Globo tinha mais qualidade que as outras? Sim, também, mas o fator primordial para essa mudança ocorrer foi a troca de conluio, ou seja, parou de apoiar o regime militar, e partiu para a “redemocratização” e assim todos iriam sair ganhando.

Mas, na verdade, todos saíram perdendo, primeiro o povo, que começou a ver que, na verdade, o sistema de TV brasileiro estava passando por forte monopólio global, a diferença da Globo para as outras era separada por um abismo, em qualquer âmbito, e quando uma das suas maiores fontes de receita passa a ser com dinheiro público, acaba se acomodando e perde totalmente o foco por inovação, pois sabe que se uma ideia não vingar, a verba que vem do estado cobre o prejuízo e o lucro permanece, porém o povo sai perdendo por falta de opções, porque a qualidade começou a cair e a chegar ao nível de derrocada de tão ruim que ficou; pode ser em novelas, séries, programas de variedades e até mesmo na transmissão esportiva, não conseguiram inovar mais e há quase 20 anos a grade de programação da Vênus platinada só entra em decadência.

Só que, um dia, a conta do corporativismo também chega, e essa conta chegou faz tempo em quintais “globais”, pois se você não se enquadra às regras do corporativismo, jogar com eles (estado, establishment) e não cumprir seu papel de forma correta, e claro, bancar todo jogo da corrupção e ajudar a manter o poder estatal, independente do lado, você, certamente, também estará fora do jogo.

E os cofres da Globo sangram cada vez mais, além da receita de verba pública estar menos, a própria receita privada caiu mais ainda, por queda no seu “próprio padrão de qualidade”.

Não é à toa, que vem perdendo muitos artistas, jornalistas (?) e até mesmo direitos de transmissão de competições esportivas, além de algumas novelas e séries que foram canceladas por falta de verba e também programas variados.

No final das contas, todos saem perdendo com o corporativismo, primeiro o povo e depois a própria empresa, principalmente se não cumprir as regras do jogo.

No Brasil vigora uma política chamada de “campeões nacionais”, que nada mais é do que o conluio do estado com empresas em troca de se manter no poder e a empresa escolhida terá sempre um enorme valor de subsídios para poder se manter no mercado e sempre acima das outras, traduzindo: corporativismo. E, sim, isso é muito ruim, porque além de dificultar para concorrentes menores, ainda impossibilita as demais de crescer e, praticamente, anula o livre mercado no Brasil, criando-se monopólios.

Só isso já mostra que o Brasil não é e nunca foi um país capitalista, de fato. O sistema patrimonialista, que existe desde a era de GV, vigora com força em terra brasilis, porém a diferença era que, antigamente, quem bancava e comandava o conluio era a elite agrícola. O Brasil ainda não estava na era industrial e as implementações de Vargas estavam em processo inicial, mas os conceitos eram praticamente os mesmos.

Mais uma vez, nós vemos o quanto o corporativismo é muito ruim para todo mundo e, agora, a Rede Globo é que está sentindo na pele esse impacto. 

#fredjonas