Autor: Luiz Vieira

Armas não matam.

Armas não matam.

Armas não cometem crimes.

Pessoas cometem crimes.

Pessoas matam.

Quem usa uma arma com o intuito de cometer um crime, independentemente de permissão ou proibição, continuará a usar armas e continuará a cometer crimes.

A questão é outra; toda pessoa tem o direito de se defender. Os parasitas estatais não têm como estar em todo lugar e não têm como proteger a todos. Portanto, é um direito andar armado e agir em legítima defesa contra uma injusta agressão.

Caso alguém cometa um crime, a solução é simples: punição severa, sem regalias e isso sim fará a criminalidade diminuir, pois todos têm a liberdade de escolher suas ações, mas todos têm a responsabilidade pelas mesmas.

Crimes não têm origem na liberdade, têm origem na impunidade.

Convenhamos, é até fácil de entender.

#DiogoSimas

O crime de educar

Recentemente foi veiculada de forma ampla a notícia de uma estudante brasileira aprovada no vestibular para engenharia numa das melhores universidades da América do Sul e que foi impedida de se matricular por ter realizado parte do ensino médio de forma domiciliar. A garota se formou pelo famoso homeschooling e, mesmo com a aprovação, o estado considerou que sem um diploma autorizado pelo MEC isso tudo é inválido.

Desde então, muita discussão acerca do tema tem sido levantada. Alguns argumentam que essa modalidade de ensino só serviria para uma doutrinação cristã na educação. Outros já chegam a dizer que as crianças não são propriedade dos pais para eles educarem da forma que bem entenderem ou, até, que crianças ficariam privadas do convívio social mínimo a partir desta metodologia. 

No livro “Educação livre e obrigatória” o professor americano Murray Rothbard fala sobre como nosso sistema de ensino tradicional despreza as diferenças naturais de desempenho entre os alunos. Nosso sistema pune o ótimo aluno que poderia se aprofundar muito mais em diversas disciplinas e também pune o aluno de baixo rendimento, que não consegue acompanhar o ritmo geral da turma e acaba sendo tachado  de “burro” ou desinteressado. 

Devemos também ressaltar aqui sobre uma questão conceitual importante que Rothbard levanta em sua obra: a escola promove ensino técnico-científico enquanto educação vai muito além disso. A educação se refere às suas diversas ações realizadas dentro da sociedade e é obtida parte na escola, parte no núcleo familiar e parte nas relações sociais cotidianas (trabalho, lazer…). 

Então esse argumento de que a escola deveria promover educação cívica e formação de um cidadão melhor não passa de pura falácia, uma vez que é Impossível a escola fornecer uma completa educação do indivíduo.

Não me cabe aqui entrar em vias técnicas para discutir se a escola fornece formação mais completa que o homeschooling ou vice e versa. O ponto chave do porquê o homeschooling  deva ser descriminalizado é a liberdade. Não cabe a terceiros (principalmente ao estado) determinar qual o modo de formar nossas crianças. Nós sabemos os pontos fortes e fracos de cada filho e com atenção individualizada eles podem crescer muito mais nessa jornada. O que há de tão criminoso em desejar uma melhor formação técnica para o próprio filho? 

O argumento sobre religião também é totalmente desprovido de lógica, além de preconceituoso. Fomentar uma educação com maior teor religioso significa formar uma criança às margens da ciência? Os grandes estudiosos (físicos, médicos, engenheiros, escritores…) da humanidade foram, necessariamente,  ateus? Não existe a relação inversa entre religiosidade e conhecimento científico. Já conhecemos essa ojeriza da esquerda com as religiões.

Também não fique espantado se ouvir de alguém que a educação domiciliar deve ser criminalizada, uma vez que as crianças não são propriedades dos pais. Dizer que qualquer indivíduo é propriedade de outrem e não de si já é um verdadeiro absurdo. A autopropriedade é algo inalienável. Mas no caso das crianças falamos em tutela. A criança não pertence aos pais, mas, por sua situação naturalmente vulnerável, ela acaba sendo tutelada por estes. Sabendo disso, voltamos à questão anterior: se a criança não pode ser tutelada pelos próprios pais, os maiores interessados nisso, deve ela, então, ser tutelada pelo estado? Cabe a um burocrata de Brasília decidir o que é melhor para formação das crianças sempre? Se ouvirem algum absurdo maior que esse, favor me avisar pois este está entre os maiores. 

Uma vez desmentidos os diversos absurdos anteriormente citados, o paulofreiriano te dirá que a educação em domicílio priva a criança do convívio social e do aprendizado do trabalho em grupo. No entanto, já é de pleno conhecimento que tutores da educação domiciliar tendem a formar associações, onde desenvolvem diversos trabalhos em grupo com as crianças. Práticas esportivas coletivas e escolas de língua estrangeira são frequentemente estimuladas.

Vamos, então, ao argumento final do coletivizador educacional: a maioria dos pais não possui formação técnica para ensinar todas as matérias aos filhos. Tal afirmação não é nada além de verdadeira. É justamente por isso que no homeschooling é totalmente comum a contratação de tutores educativos, verdadeiros professores particulares. Pessoas com formação técnica e experiência no ensino. A educação domiciliar exige comprometimento e organização específicos que muitos pais não conseguem cumprir. É natural que, mesmo com a descriminalização deste modelo educacional, a maioria dos estudantes permaneça em escolas tradicionais.

Entendemos agora que o homeschooling pode até não ser necessariamente melhor que o modelo escolar de ensino coletivizado, mas ele abrange uma maior amplitude da liberdade. Os tutores que desejam uma educação individualizada e personalizada aos seus tutelados não devem ser criminalizados por isso. O homeschooling  já é realizado em diversos países e com bons resultados em sua maioria. O verdadeiro crime é o desejo injustificável de limitar as liberdades alheias. 

#FAL

Vícios e Virtudes

Estima-se que no ano de 2020 o mercado da Cannabis tenha movimentado mais de 21 bilhões de dólares em todo o mundo. O governo brasileiro, como sabemos, escolheu não fazer parte desse mercado por mais um ano. Não é preciso andar além da esquina mais próxima para sabermos que o brasileiro já é totalmente receptivo a esse mercado que, de forma inútil, ainda é criminalizado.

Mas a verdade é que para nós libertários, a discussão sobre a criminalização das drogas vai além da perspectiva econômica. Criminalizar o uso da maconha é criminalizar a autopropriedade. Indivíduos adultos conscientes sabem os potenciais malefícios de todas as suas ações e ainda sim podem optar por praticar tais ações. 

Todos sabemos os grandes malefícios à própria saúde e, eventualmente, a terceiros que tabaco e etanol podem causar. Cabe a cada indivíduo pesar o ônus e bônus desses hábitos. Chega da cultura do retrocesso, chega de argumentos utilitaristas a favor da proibição da maconha! Vícios são inerentes ao homem e cabe a este, e apenas este, ponderar seu proveito. O crime do vício é mais um da famosa série: Crime sem vítima.

#FAL

Locomotiva

Você já deve ter ouvido falar do apelido “Locomotiva do Brasil” que muitos ainda usam quando se referem ao estado de São Paulo. O apelido se dá pelo fato do estado ter uma agricultura muito diversificada e ainda ter a maior parte da indústria e tecnologia do país concentrada aqui, mesmo que ainda seja baixa. Um setor de serviços também bastante diversificado já seria o suficiente para responder a pergunta.

O Estado de São Paulo produz sozinho 40% do PIB brasileiro e isso coloca São Paulo entre as 20 maiores economias do planeta. Seria uma nação muito à frente do próprio Brasil se fosse independente, pois também estaria entre os 25 maiores IDHs do planeta, o que também não é de se desprezar.

São Paulo também pode ser chamado de “carregador de piano” por todo ano ter que arcar, sozinho, com a carga tributária de 10 estados brasileiros fora ele, pois vivemos em uma nação que, além de ter um estado e burocracia enormes que vivem às custas de muitos impostos e taxas, o federalismo é totalmente diferente do federalismo americano, onde os estados respondem por si mesmos, antes de responder pela nação federal, por exemplo.

Qual seria a exata solução para resolver isso? Ou mudança no federalismo ou então um separatismo, pois aí, quem sabe, São Paulo poderia ser melhor visto sendo independente e, até mesmo, alcançar o TOP 10, da noite para o dia.

São Paulo, nossa nação

#fredjonas

Futebol apostas e hipocrisia

Recentemente o famoso jogador de futebol brasileiro, Gabigol, foi capa de manchetes por ter sido flagrado num cassino clandestino em São Paulo. Vamos deixar de lado, no momento, toda a ideia de aglomerações e pandemia (até porque cassinos são bem mais antigos que o vírus). 

Muitos de nós, levando em conta a pseudo moralidade brasileira, podemos ser considerados decrépitos apostadores, que gastam o suado dinheiro na jogatina. Discorda? Basta pegar os vários bilhetes de apostas feitos nas casas lotéricas diariamente. Ora, se apostar o próprio dinheiro num “jogo de azar” é moralmente errado, por que o governo pode induzir pessoas a realizar tal ato? 

A verdade é que do ponto de vista ético, gastar o próprio dinheiro com apostas ou comida é uma decisão do indivíduo e cabe a ele apenas avaliar o ganho disso. Não faz sentido em pleno ano de 2021 ainda termos um estado que proíbe jogos de apostas. Existem cidades inteiras que fazem disso sua principal atividade comercial, gerando lucro, empregos e desenvolvimento. 

Gastar o próprio dinheiro no que lhe convém (como apostas) é mais um crime sem vítima.Vamos deixar a hipocrisia de lado e dar liberdade aos outros. Ninguém aqui passa o dia ligando para familiares, amigos e perguntando sobre todas as decisões  que eles tomaram para evitar que sejam prejudicados. 

Não há porque proibir um ato considerando que este pode levar a eventuais prejuízos ao indivíduo que o pratica. Nós libertários repudiamos a hipocrisia estatal da proibição das apostas no setor privado brasileiro. Defendemos a liberdade de cada um usar suas propriedades para o fim que quiserem, de forma ética e sem coerção.

#FAL